Dias depois, todos acordam de manhã e tomam café. No café, Róguine sente que há algo estranho em Scott, que está em uma mesa sozinho tomando café. - Scott, sente com a gente! - pede Gabriel a ele. - Eu prefiro ficar aqui mesmo! - diz Scott. Róguine vê que há algo estranho em seu comportamento. Assim, Róguine se senta ao lado de Scott. - Você está bem? Se está se sentindo mal, pode falar pra mim! - diz Róguine. - Por que está me perguntando isso? - pergunta Scott. - Ah, você está com uma cara bem desapontada! - diz Róguine. - Não tem nada de errado comigo! - diz Scott. - Tem certeza? Eu acho que você não está bem! - diz Róguine. - Está absolutamente tudo bem comigo, Róguine! Obrigado por se preocupar comigo! - diz Scott. - Bom, já que está falando que está bem, pode deixar que eu acredito! - diz Róguine. - Então obrigado, vou me retirar! - diz Scott. Scott sai da mesa com seu café da manhã não terminado. Róguine o observa saindo do refeitório, percebendo que algo o incomoda. Róguine começa a cultivar maçãs em um jardim dentro da comunidade, ao lado de Cristiano. - Você percebeu alguma coisa em Scott? - pergunta Róguine a ele. - Eu não observei ele muito, mas eu percebi que ele não está bem! Ultimamente ele anda um pouco estranho, com um rosto em que quando se olha ele, a gente sente que ele está pálido! - diz Cristiano. - Eu sei bem que vocês são amigos, que estão juntos há muito tempo, então converse com ele, se abra com ele pois eu estou achando esse jeito dele muito estranho! - diz Róguine. - Eu já conversei com ele, tentei me abrir com ele por causa dessa situação estranha que ele está, mas ele sempre insiste em dizer que está tudo bem e que ele apenas tem dores e nada mais que isso! - diz Cristiano. - Eu sinto que há algo de errado com ele, portanto, você pode observar ele secretamente porque talvez você possa descobrir o que tem de errado! - diz Róguine. - Eu acho que não é uma boa ideia, será? Todos precisam de momentos sozinhos! - diz Cristiano. - É pelo bem dele, é para que de alguma forma possamos ajudar ele, tem certeza que não pode fazer isso? - pergunta Róguine. - Tudo bem, eu vou espionar ele, depois eu conto a você o que vi! - diz Cristiano. - Obrigado! - agradece Róguine. Meia hora depois, Róguine leva todos para treinar, mas no campo, Scott não vai com eles. Todos ficam preparados para o treino e antes que comece, Róguine pergunta onde está Scott. - Ele não deu muitos detalhes, mas ele disse que está sentindo uma dor de cabeça - diz Robert. - Eu vou ir até ele para ver como ele está! - diz Róguine. - Acho que não precisa se preocupar, ele disse que a dor não é tão forte e que é passageira! - diz Patrick. - Eu quero ver como ele está exatamente, sei que ele não está bem! - diz Róguine. Assim, Róguine bate na porta de sua casa e do grupo. Scott abre a porta. - Se quiser saber porque eu não vou ao treino.... - Eu sei que porque você não vai ao treino! - diz Róguine, interrompendo Scott - Se sabe, porque veio aqui? - pergunta Scott. - Eu vim para saber como você está! A dor está forte? Precisa de remédio? - diz Róguine. - Não precisa se preocupar tanto assim, é só uma dor passageira, está tudo bem, pode voltar para o treino! - diz Scott. - Eu sei que não está bem, como eu disse, não precisa esconder de mim, estou aqui pra ajudar! - diz Róguine. - Tudo bem, eu vou me abrir com você, essa dor que eu tenho agora é tão forte, que isso acaba interferindo na minha mente e acaba me deixado um pouco louco, é por isso que estou assim! - diz Scott. - Bom, tudo bem, vou voltar para o treino, é bom que tenha esclarecido! - diz Róguine. Scott fecha a porta.
Depois, o treino acaba e enquanto caminha, Róguine chega ao lado de Cristiano. - Eu cheguei ao lado dele e perguntei se ele precisa de minha ajuda e se ele está bem! - diz Róguine. - O que ele disse? - pergunta Cristiano. - Ele disse a mim que não precisava de ajuda e que ele estava bem além de sua dor, naquela hora eu insisti dele dizer a verdade, eu senti que ele estava mentindo, depois ele acabou me dizendo que sua dor de cabeça fere diretamente a sua mente, que faz ele ficar louco! - diz Róguine. - Você acredita nele? -pergunta Cristiano. - Suas respostas não me parecem sinceras, pois foi dito por ele antes que sua dor não é tão forte, a resposta que ele deu a mim é diferente, eu tenho quase a certeza de que ele mentiu! - diz Róguine. - Eu também acho que ele mentiu, o jeito dele não parece de que ele está bem emocionalmente, ele poderia ficar louco, mas não aparentar estar tão... como posso dizer... triste! - diz Cristiano. - Acho que se pressionarmos ele, mesmo assim ele pode não nos dizer! Eu tenho uma ideia, faça o que eu te pedi, espione ele, observe bem ele, quando ele estiver sozinho, fique escondido observando ele e tudo o que ele faz, eu sinto que não é a dor ou loucuras que ele está sentindo! - diz Róguine. - Tudo bem, vou fazer isso! - diz Cristiano. De noite, todos vão ao refeitório para jantar e Scott permanece na casa. Cristiano, ao terminar a janta, vai do lado de fora da casa do grupo, para observar Scott. Cristiano vê que uma janela da casa está aberta pela metade e escondido do lado da janela, observa o quarto pela janela. Scott entra nesse quarto e se senta em uma cama. Cristiano observa ele secretamente e Scott pega um livro para ler. Ao tentar ver do que se trata o livro, ele lê o título, que se chama ''Como enfrentar problemas de diferentes formas''. Scott fica com raiva por culpa do livro e com Cristiano o espionando sem ele saber, ele abre a grade da lareira e joga o livro na lareira, deixando ele queimar até o livro se destruir de vez. Scott se senta na cama mais uma vez e pega uma foto em seu bolso. Cristiano tenta ver a foto e na foto, ele vê que a foto tem um menino, uma garotinha e uma mulher junto com Scott de frente a uma casa. Scott abraça a foto e chora um pouco. Depois, Scott tira uma arma perigosa de uma gaveta e coloca em seu bolso. Scott sai do quarto e Cristiano sai de fora da casa, indo mais uma vez para o refeitório. Cristiano se senta na mesa de Róguine. - Eu espionei ele, você está certo, tem uma coisa que o incomoda além dessa suposta dor que ele tem! - diz Cristiano. - Me fale! - pede Róguine. - Ele perdeu a sua família, eu vi ele com uma foto, sua provável esposa e filhos, ele abraçou a foto chorando! - diz Cristiano. - Essa dor é uma mentira dele, a dor que ele tem é pela perda de sua família, não tem o porquê dele esconder isso da gente, temos que apoiá-lo! - diz Róguine. - Além disso, ele queimou um livro que se trata de superar problemas, ele estava com muita raiva e colocou no fogo da lareira! Mas, tem uma coisa que é estranha, ele pegou uma arma da gaveta dele e colocou no seu bolso, é um pouco estranho, pois ninguém anda com armas aqui dentro, a não ser que alguma coisa aconteça! - diz Cristiano. - Isso é bem sério, de algum modo devemos ajudar ele, perder a família não é fácil, eu perdi a minha! Mas ele botar a sua arma no bolso é estranho! - diz Róguine. Róguine se retira da mesa. Róguine caminha para a casa e no caminho, encontra Scott. - Onde você vai? - pergunta Róguine. - Vou dar uma passeada por aí, é sempre bom caminhar de noite olhando as estrelas, bom, eu já estou indo! - diz Scott. Scott continua caminhando. - Posso ir junto com você? - pergunta Róguine.
- Como você está idoso, acho melhor descansar, se movimentou demais por hoje! - diz Scott. - Não tem problema, eu não estou cansado, não preciso dormir tantas horas por dia! Então posso ir contigo? - pergunta Róguine. - Você parece estar bem cansado, deite na cama, você não precisa me acompanhar, eu até agradeço por você querer me ajudar! - diz Scott. - Eu ainda insisto em ir, eu não quero caminhar por aí sozinho! - diz Róguine. - Já que insiste tanto, vá comigo então! - diz Scott. - Tudo bem, obrigado! - diz Róguine. Assim, os dois caminham um pouco pela mata, ainda dentro da comunidade. Enquanto caminham, Róguine tenta puxar uma conversa. - Quando eu era amigo de Victor Hudson, sempre tínhamos a mania de caçarmos nas florestas, caçamos, e caçamos sem parar, seja galinhas ou porcos, adorávamos aquilo, vivíamos sempre juntos! - diz Róguine. - Hudson tinha uma família? - pergunta Scott. - Sim, ele tinha uma mulher e seis filhos, todos bonitos e com saúde, ele era muito apegado a família, sempre que ele viajava para qualquer lugar, queria levar a sua família junto, eu era amigo da família dele também, eu cuidava dos filhos deles quando o casal não podia, aquele homem era uma boa pessoa, pena que tudo isso foi destruído! - diz Róguine. - Você tinha uma família, não é? - pergunta Scott. - Sim, uma mulher e três filhos, minha mulher se chamava Rosie. minha filha se chamava Marie, já os meus outros filhos se chamavam Umberto e Peter, todos bonitos assim como os filhos de Victor Hudson, mas Cavaleiro da Morte matou não só a família de Hudson, a minha ele também matou, eu tentei derrotá-lo, mas eu não consegui! Todas as pessoas que eu amava se foram, apenas tive Melisse como companhia e Deus! - diz Róguine. - Perder uma família não é fácil, eu concordo! - diz Scott. - Você já teve uma família, eu sei disso, me conte sobre ela! - diz Róguine. - Eu prefiro deixar isso pra lá, eu vou pra casa! - diz Scott. Scott começa a caminhar para a casa do grupo. - Scott, volte aqui, eu sei o que tem de errado com você! - diz Róguine. - Me deixe por favor, se eu não quero falar, não me obrigue! - diz Scott, que continua caminhando. - Você perdeu a sua família, por isso está triste como está agora, por isso quis recusar o treino hoje! - diz Róguine. Scott para de andar. - Você não sabe de nada! - diz Scott, de costas a Róguine. - Onde você iria com essa arma? - pergunta Róguine. - Como sabe que tenho isso? - pergunta ele. - Isso não importa, apenas quero saber! - diz Róguine. - Eu iria pular um muro dessa comunidade pra caçar animais, só isso! - diz Scott. - Você sabe bem que esse trabalho é para os caçadores dessa comunidade, não é? Eu sei o que quer fazer, mas pare com esse pensamento, siga em frente com a sua vida, perdeu entes queridos, mas a culpa não é sua! - diz Róguine. - É agora que você errou ao falar isso! - diz Scott. - Por que? Scott, precisamos de você para salvarmos essa galáxia! - diz Róguine. - Vocês são humanos, eu não sou! Vocês não precisam de mim, eu sou um homem só e vocês são vários! - diz Scott. - Scott, se está escondendo algo, fale pra mim, mas faça o que quer fazer, esse não é o caminho de um futuro controlador! - Róguine. - Tudo bem, você me convenceu, Róguine! Vou seguir em frente! - diz Scott. - Espero que esteja sendo sincero! Agora vamos voltar para a casa, caminhamos demais por hoje! - diz Róguine. - Sim, vamos! - diz Scott. Os dois voltam para a casa.
No dia seguinte, todos acordam para tomarem café. Ainda na casa, Róguine vê que Scott ainda está na casa. Róguine chega perto de Scott. - Você está bem agora? - pergunta Róguine. - Sim, eu estou! - diz Scott. - Espero que realmente esteja! - diz Róguine. Todos vão tomar café e Scott e Cristiano sentam juntos em uma mesa. - Você está bem agora? - pergunta Cristiano. - Sim, muito bem! A conversa que eu tive com Róguine me fez eu ficar melhor! - diz Scott. - Então eu posso tranquilo? - pergunta Cristiano. - Claro, pode ficar sim, não foi nada demais! - diz Scott. - É bom que esteja bem agora! - diz Cristiano. Scott rapidamente termina o café e sai do refeitório. Depois de Róguine terminar, ele chama todos do grupo para o treno diário. Todos chegam no campo de futebol para começarem o treino. - Bem, algum de vocês já chamaram o Scott? - pergunta Róguine. Todos negam. - Eu vou procurá-lo então! - diz Róguine. - A gente não vê ele desde que ele saiu do refeitório! - diz Gabriel. - Então ele deve estar caminhando ou produzindo alimentos com os outros! - diz Róguine. - Eu procurei ele e não achei, eu logo pensei que ele estivesse com outra dor e na casa de alguma pessoa que ele fala muito junto! - diz Robert. - Eu não vou começar o treino sem ele, quando eu achá-lo, vou trazê-lo pra cá! - diz Róguine. Assim, Róguine sai do campo de futebol na procura de Scott, passando por algumas casas de algumas pessoas que ele convive. Depois, Róguine vai para a casa de seu grupo, mas vê que Scott não está lá. Róguine logo se assusta e decide pular um muro da comunidade para achá-lo. Róguine, escondido, observa uma escada em um muro da comunidade e desconfia de que Scott pulou o muro com ela. Dois homens passam na frente da caixa na frente de Róguine sem vê-lo. Depois que os homens ficam longe dele, Róguine rapidamente sobe na escada e pula para o outro lado do muro. Róguine corre entre as árvores na floresta desesperadamente na procura de Scott. Depois de minutos correndo, Róguine encontra Scott com a arma na cabeça, tentando se matar. - O que está fazendo, pare com isso agora! - grita Róguine. - Você não vai me impedir, eu não mereço viver! - grita Scott. - Scott, solte essa arma agora, isso não vai te levar em nada! Entende? - grita Róguine. - Cale a boca! - grita Scott. - Scott, largue isso, você faria uma grande falta nesse grupo, pare com isso agora! - grita Róguine. - Eu vou me matar em 3, 2, 1... - conta Scott. Róguine pula e dá um forte chute na cabeça de Scott. Scott pega sua arma a bate três vezes nas costas de Róguine. Róguine se rola pelo chão, pega uma pedra e joga no olho de Scott, fazendo seu olho inchar. Scott joga seu poder do choque em Róguine e machuca seu corpo. - Scott, pare! - grita Róguine. - Então me deixe me matar em paz! - grita Scott. - Esse choque está forte demais! E eu não vou deixá-lo! - grita Róguine. - Então vai morrer junto comigo, seu desgraçado! - grita Scott. - Sua família morreu, mas deve seguir em frente, você não fez nada de errado, você merece viver sim, Scott! - grita Róguine. - A culpa foi toda minha, você não sabe de nada! - grita Scott. - O que você fez então, Scott? O que? O que? - pergunta Róguine. Scott para de dar choque em Róguine, que está jogado no chão. - Muitos anos atrás, eu estava morando em um prédio, no meio de uma grande floresta! Eu morava com a minha família, depois de muitos obstáculos que tivemos no meio de um mundo que não está mais civilizado! Um grupo canibal veio nos atormentar no nosso prédio! O líder desse grupo canibal era meu amigo de infância e eu fiquei muito surpreso por ele virar uma pessoa canibal e liderar um grupo de canibais! Ele e seu grupo nos ameaçaram a nos matar para se alimentarem da gente, mas quando esse meu antigo amigo me reconheceu, ele ofereceu uma proposta a mim, que é o grupo dele matar todos do meu grupo do prédio, inclusive a minha família, e não me matar, para me botar no grupo dele! - diz Scott. - E o que você fez? - pergunta Róguine. - Covardemente, deixei matarem todos do meu grupo, mas decidi fazer a minha família fugir o quanto podia, mas era tarde demais e em troca da minha vida, deixei que matassem minha família! Eu não fiz por onde para que meu grupo do prédio lutasse contra os canibais! Eu fui um monstro, um covarde, eu sou um monstro, deixei com que vidas inocentes se acabassem em troca de mim, em vez de eu fazer o meu grupo lutar contra eles! Passou um tempo e eu saí desse grupo, carregando isso na minha vida me sentindo um verme! Me deixe, Róguine! Eu só te peço isso! Eu sou um monstro, se afaste de mim! - diz Scott. - Eu sinto o seu arrependimento! Todos nós erramos, Scott! O que fez não é bom, mas você deve enfrentar isso como um homem, você não é um monstro, Scott! É só um homem que erra como todos! Eu sei que você é bom! - diz Róguine. - Já que pensa assim, então você deve morrer também! - grita Scott. Scott dá um forte soco em Róguine, pega ele e o joga em uma cachoeira enorme para tentar matá-lo. Scott se esbarra em uma pedra e cai também na cachoeira. Scott se segura em uma madeira na água da cachoeira pra tentar sobreviver. Sua mão não aguenta e assim, cai de vez da cachoeira. Scott acorda no chão da cachoeira bastante machucado e encontra Róguine caído a dois metros dele. Scott, com um pouco de dificuldade, levanta e caminha até Róguine. Róguine acorda e fica sentado ao lado de Scott. - Eu te matei? - pergunta Scott. - Por que não pensou antes de me jogar? - pergunta Róguine. - Por favor, me perdoe! Foi tudo tão rápido, tudo tão estranho, eu não pensei mesmo, eu estava fora de si, eu não sei o que fazer pra te ajudar agora, Róguine! - lamenta Scott. - Você não vai me ajudar em nada, eu só vou sair daqui e começar o treino! Se quiser se matar, se mate! Eu fiz de tudo para te livrar do suicídio e você tentou me matar! A sua sorte é que sou poderoso igual a você e que tenho o Controle, se não você carregaria isso tanto para a sua vida, que sua vontade de se matar iria aumentar! Eu não vou mais te impedir de fazer isso, se quiser desviar do caminho que você deve percorrer, vá em frente! Só sei que seu grupo deve perder um grande homem! Você errou, mas se arrependeu, seu fraco! - diz Róguine. Assim, Róguine escala a cachoeira com uma corda para voltar a comunidade. Róguine logo volta a comunidade para treinar o grupo. Ao voltar para o campo de futebol, todos perguntam o porquê dele demorar e de onde está o Scott. - Depois eu falo do que aconteceu! Vamos começar a treinar! - diz Róguine.
Horas depois, depois do almoço, Scott chega a comunidade. Ao caminhar para o refeitório para almoçar, encontra Róguine no caminho. - Olá, Scott - diz Róguine. Scott chega perto de Róguine. - O que você quer falar pra mim? - pergunta Róguine. - Seguirei em frente! - diz Scott. - Está falando a verdade? - pergunta Róguine. - Sim, me perdoe por eu tentar te matar! Você me mostrou que devo seguir o caminho, e irei seguir! Você me livrou da morte, fico grato por você! - diz Scott. - Eu te perdoo, fico feliz que não perdemos você! - diz Róguine. Assim, os dois apertam a mão um do outro e voltam para a casa.
Depois, o treino acaba e enquanto caminha, Róguine chega ao lado de Cristiano. - Eu cheguei ao lado dele e perguntei se ele precisa de minha ajuda e se ele está bem! - diz Róguine. - O que ele disse? - pergunta Cristiano. - Ele disse a mim que não precisava de ajuda e que ele estava bem além de sua dor, naquela hora eu insisti dele dizer a verdade, eu senti que ele estava mentindo, depois ele acabou me dizendo que sua dor de cabeça fere diretamente a sua mente, que faz ele ficar louco! - diz Róguine. - Você acredita nele? -pergunta Cristiano. - Suas respostas não me parecem sinceras, pois foi dito por ele antes que sua dor não é tão forte, a resposta que ele deu a mim é diferente, eu tenho quase a certeza de que ele mentiu! - diz Róguine. - Eu também acho que ele mentiu, o jeito dele não parece de que ele está bem emocionalmente, ele poderia ficar louco, mas não aparentar estar tão... como posso dizer... triste! - diz Cristiano. - Acho que se pressionarmos ele, mesmo assim ele pode não nos dizer! Eu tenho uma ideia, faça o que eu te pedi, espione ele, observe bem ele, quando ele estiver sozinho, fique escondido observando ele e tudo o que ele faz, eu sinto que não é a dor ou loucuras que ele está sentindo! - diz Róguine. - Tudo bem, vou fazer isso! - diz Cristiano. De noite, todos vão ao refeitório para jantar e Scott permanece na casa. Cristiano, ao terminar a janta, vai do lado de fora da casa do grupo, para observar Scott. Cristiano vê que uma janela da casa está aberta pela metade e escondido do lado da janela, observa o quarto pela janela. Scott entra nesse quarto e se senta em uma cama. Cristiano observa ele secretamente e Scott pega um livro para ler. Ao tentar ver do que se trata o livro, ele lê o título, que se chama ''Como enfrentar problemas de diferentes formas''. Scott fica com raiva por culpa do livro e com Cristiano o espionando sem ele saber, ele abre a grade da lareira e joga o livro na lareira, deixando ele queimar até o livro se destruir de vez. Scott se senta na cama mais uma vez e pega uma foto em seu bolso. Cristiano tenta ver a foto e na foto, ele vê que a foto tem um menino, uma garotinha e uma mulher junto com Scott de frente a uma casa. Scott abraça a foto e chora um pouco. Depois, Scott tira uma arma perigosa de uma gaveta e coloca em seu bolso. Scott sai do quarto e Cristiano sai de fora da casa, indo mais uma vez para o refeitório. Cristiano se senta na mesa de Róguine. - Eu espionei ele, você está certo, tem uma coisa que o incomoda além dessa suposta dor que ele tem! - diz Cristiano. - Me fale! - pede Róguine. - Ele perdeu a sua família, eu vi ele com uma foto, sua provável esposa e filhos, ele abraçou a foto chorando! - diz Cristiano. - Essa dor é uma mentira dele, a dor que ele tem é pela perda de sua família, não tem o porquê dele esconder isso da gente, temos que apoiá-lo! - diz Róguine. - Além disso, ele queimou um livro que se trata de superar problemas, ele estava com muita raiva e colocou no fogo da lareira! Mas, tem uma coisa que é estranha, ele pegou uma arma da gaveta dele e colocou no seu bolso, é um pouco estranho, pois ninguém anda com armas aqui dentro, a não ser que alguma coisa aconteça! - diz Cristiano. - Isso é bem sério, de algum modo devemos ajudar ele, perder a família não é fácil, eu perdi a minha! Mas ele botar a sua arma no bolso é estranho! - diz Róguine. Róguine se retira da mesa. Róguine caminha para a casa e no caminho, encontra Scott. - Onde você vai? - pergunta Róguine. - Vou dar uma passeada por aí, é sempre bom caminhar de noite olhando as estrelas, bom, eu já estou indo! - diz Scott. Scott continua caminhando. - Posso ir junto com você? - pergunta Róguine.
- Como você está idoso, acho melhor descansar, se movimentou demais por hoje! - diz Scott. - Não tem problema, eu não estou cansado, não preciso dormir tantas horas por dia! Então posso ir contigo? - pergunta Róguine. - Você parece estar bem cansado, deite na cama, você não precisa me acompanhar, eu até agradeço por você querer me ajudar! - diz Scott. - Eu ainda insisto em ir, eu não quero caminhar por aí sozinho! - diz Róguine. - Já que insiste tanto, vá comigo então! - diz Scott. - Tudo bem, obrigado! - diz Róguine. Assim, os dois caminham um pouco pela mata, ainda dentro da comunidade. Enquanto caminham, Róguine tenta puxar uma conversa. - Quando eu era amigo de Victor Hudson, sempre tínhamos a mania de caçarmos nas florestas, caçamos, e caçamos sem parar, seja galinhas ou porcos, adorávamos aquilo, vivíamos sempre juntos! - diz Róguine. - Hudson tinha uma família? - pergunta Scott. - Sim, ele tinha uma mulher e seis filhos, todos bonitos e com saúde, ele era muito apegado a família, sempre que ele viajava para qualquer lugar, queria levar a sua família junto, eu era amigo da família dele também, eu cuidava dos filhos deles quando o casal não podia, aquele homem era uma boa pessoa, pena que tudo isso foi destruído! - diz Róguine. - Você tinha uma família, não é? - pergunta Scott. - Sim, uma mulher e três filhos, minha mulher se chamava Rosie. minha filha se chamava Marie, já os meus outros filhos se chamavam Umberto e Peter, todos bonitos assim como os filhos de Victor Hudson, mas Cavaleiro da Morte matou não só a família de Hudson, a minha ele também matou, eu tentei derrotá-lo, mas eu não consegui! Todas as pessoas que eu amava se foram, apenas tive Melisse como companhia e Deus! - diz Róguine. - Perder uma família não é fácil, eu concordo! - diz Scott. - Você já teve uma família, eu sei disso, me conte sobre ela! - diz Róguine. - Eu prefiro deixar isso pra lá, eu vou pra casa! - diz Scott. Scott começa a caminhar para a casa do grupo. - Scott, volte aqui, eu sei o que tem de errado com você! - diz Róguine. - Me deixe por favor, se eu não quero falar, não me obrigue! - diz Scott, que continua caminhando. - Você perdeu a sua família, por isso está triste como está agora, por isso quis recusar o treino hoje! - diz Róguine. Scott para de andar. - Você não sabe de nada! - diz Scott, de costas a Róguine. - Onde você iria com essa arma? - pergunta Róguine. - Como sabe que tenho isso? - pergunta ele. - Isso não importa, apenas quero saber! - diz Róguine. - Eu iria pular um muro dessa comunidade pra caçar animais, só isso! - diz Scott. - Você sabe bem que esse trabalho é para os caçadores dessa comunidade, não é? Eu sei o que quer fazer, mas pare com esse pensamento, siga em frente com a sua vida, perdeu entes queridos, mas a culpa não é sua! - diz Róguine. - É agora que você errou ao falar isso! - diz Scott. - Por que? Scott, precisamos de você para salvarmos essa galáxia! - diz Róguine. - Vocês são humanos, eu não sou! Vocês não precisam de mim, eu sou um homem só e vocês são vários! - diz Scott. - Scott, se está escondendo algo, fale pra mim, mas faça o que quer fazer, esse não é o caminho de um futuro controlador! - Róguine. - Tudo bem, você me convenceu, Róguine! Vou seguir em frente! - diz Scott. - Espero que esteja sendo sincero! Agora vamos voltar para a casa, caminhamos demais por hoje! - diz Róguine. - Sim, vamos! - diz Scott. Os dois voltam para a casa.
No dia seguinte, todos acordam para tomarem café. Ainda na casa, Róguine vê que Scott ainda está na casa. Róguine chega perto de Scott. - Você está bem agora? - pergunta Róguine. - Sim, eu estou! - diz Scott. - Espero que realmente esteja! - diz Róguine. Todos vão tomar café e Scott e Cristiano sentam juntos em uma mesa. - Você está bem agora? - pergunta Cristiano. - Sim, muito bem! A conversa que eu tive com Róguine me fez eu ficar melhor! - diz Scott. - Então eu posso tranquilo? - pergunta Cristiano. - Claro, pode ficar sim, não foi nada demais! - diz Scott. - É bom que esteja bem agora! - diz Cristiano. Scott rapidamente termina o café e sai do refeitório. Depois de Róguine terminar, ele chama todos do grupo para o treno diário. Todos chegam no campo de futebol para começarem o treino. - Bem, algum de vocês já chamaram o Scott? - pergunta Róguine. Todos negam. - Eu vou procurá-lo então! - diz Róguine. - A gente não vê ele desde que ele saiu do refeitório! - diz Gabriel. - Então ele deve estar caminhando ou produzindo alimentos com os outros! - diz Róguine. - Eu procurei ele e não achei, eu logo pensei que ele estivesse com outra dor e na casa de alguma pessoa que ele fala muito junto! - diz Robert. - Eu não vou começar o treino sem ele, quando eu achá-lo, vou trazê-lo pra cá! - diz Róguine. Assim, Róguine sai do campo de futebol na procura de Scott, passando por algumas casas de algumas pessoas que ele convive. Depois, Róguine vai para a casa de seu grupo, mas vê que Scott não está lá. Róguine logo se assusta e decide pular um muro da comunidade para achá-lo. Róguine, escondido, observa uma escada em um muro da comunidade e desconfia de que Scott pulou o muro com ela. Dois homens passam na frente da caixa na frente de Róguine sem vê-lo. Depois que os homens ficam longe dele, Róguine rapidamente sobe na escada e pula para o outro lado do muro. Róguine corre entre as árvores na floresta desesperadamente na procura de Scott. Depois de minutos correndo, Róguine encontra Scott com a arma na cabeça, tentando se matar. - O que está fazendo, pare com isso agora! - grita Róguine. - Você não vai me impedir, eu não mereço viver! - grita Scott. - Scott, solte essa arma agora, isso não vai te levar em nada! Entende? - grita Róguine. - Cale a boca! - grita Scott. - Scott, largue isso, você faria uma grande falta nesse grupo, pare com isso agora! - grita Róguine. - Eu vou me matar em 3, 2, 1... - conta Scott. Róguine pula e dá um forte chute na cabeça de Scott. Scott pega sua arma a bate três vezes nas costas de Róguine. Róguine se rola pelo chão, pega uma pedra e joga no olho de Scott, fazendo seu olho inchar. Scott joga seu poder do choque em Róguine e machuca seu corpo. - Scott, pare! - grita Róguine. - Então me deixe me matar em paz! - grita Scott. - Esse choque está forte demais! E eu não vou deixá-lo! - grita Róguine. - Então vai morrer junto comigo, seu desgraçado! - grita Scott. - Sua família morreu, mas deve seguir em frente, você não fez nada de errado, você merece viver sim, Scott! - grita Róguine. - A culpa foi toda minha, você não sabe de nada! - grita Scott. - O que você fez então, Scott? O que? O que? - pergunta Róguine. Scott para de dar choque em Róguine, que está jogado no chão. - Muitos anos atrás, eu estava morando em um prédio, no meio de uma grande floresta! Eu morava com a minha família, depois de muitos obstáculos que tivemos no meio de um mundo que não está mais civilizado! Um grupo canibal veio nos atormentar no nosso prédio! O líder desse grupo canibal era meu amigo de infância e eu fiquei muito surpreso por ele virar uma pessoa canibal e liderar um grupo de canibais! Ele e seu grupo nos ameaçaram a nos matar para se alimentarem da gente, mas quando esse meu antigo amigo me reconheceu, ele ofereceu uma proposta a mim, que é o grupo dele matar todos do meu grupo do prédio, inclusive a minha família, e não me matar, para me botar no grupo dele! - diz Scott. - E o que você fez? - pergunta Róguine. - Covardemente, deixei matarem todos do meu grupo, mas decidi fazer a minha família fugir o quanto podia, mas era tarde demais e em troca da minha vida, deixei que matassem minha família! Eu não fiz por onde para que meu grupo do prédio lutasse contra os canibais! Eu fui um monstro, um covarde, eu sou um monstro, deixei com que vidas inocentes se acabassem em troca de mim, em vez de eu fazer o meu grupo lutar contra eles! Passou um tempo e eu saí desse grupo, carregando isso na minha vida me sentindo um verme! Me deixe, Róguine! Eu só te peço isso! Eu sou um monstro, se afaste de mim! - diz Scott. - Eu sinto o seu arrependimento! Todos nós erramos, Scott! O que fez não é bom, mas você deve enfrentar isso como um homem, você não é um monstro, Scott! É só um homem que erra como todos! Eu sei que você é bom! - diz Róguine. - Já que pensa assim, então você deve morrer também! - grita Scott. Scott dá um forte soco em Róguine, pega ele e o joga em uma cachoeira enorme para tentar matá-lo. Scott se esbarra em uma pedra e cai também na cachoeira. Scott se segura em uma madeira na água da cachoeira pra tentar sobreviver. Sua mão não aguenta e assim, cai de vez da cachoeira. Scott acorda no chão da cachoeira bastante machucado e encontra Róguine caído a dois metros dele. Scott, com um pouco de dificuldade, levanta e caminha até Róguine. Róguine acorda e fica sentado ao lado de Scott. - Eu te matei? - pergunta Scott. - Por que não pensou antes de me jogar? - pergunta Róguine. - Por favor, me perdoe! Foi tudo tão rápido, tudo tão estranho, eu não pensei mesmo, eu estava fora de si, eu não sei o que fazer pra te ajudar agora, Róguine! - lamenta Scott. - Você não vai me ajudar em nada, eu só vou sair daqui e começar o treino! Se quiser se matar, se mate! Eu fiz de tudo para te livrar do suicídio e você tentou me matar! A sua sorte é que sou poderoso igual a você e que tenho o Controle, se não você carregaria isso tanto para a sua vida, que sua vontade de se matar iria aumentar! Eu não vou mais te impedir de fazer isso, se quiser desviar do caminho que você deve percorrer, vá em frente! Só sei que seu grupo deve perder um grande homem! Você errou, mas se arrependeu, seu fraco! - diz Róguine. Assim, Róguine escala a cachoeira com uma corda para voltar a comunidade. Róguine logo volta a comunidade para treinar o grupo. Ao voltar para o campo de futebol, todos perguntam o porquê dele demorar e de onde está o Scott. - Depois eu falo do que aconteceu! Vamos começar a treinar! - diz Róguine.
Horas depois, depois do almoço, Scott chega a comunidade. Ao caminhar para o refeitório para almoçar, encontra Róguine no caminho. - Olá, Scott - diz Róguine. Scott chega perto de Róguine. - O que você quer falar pra mim? - pergunta Róguine. - Seguirei em frente! - diz Scott. - Está falando a verdade? - pergunta Róguine. - Sim, me perdoe por eu tentar te matar! Você me mostrou que devo seguir o caminho, e irei seguir! Você me livrou da morte, fico grato por você! - diz Scott. - Eu te perdoo, fico feliz que não perdemos você! - diz Róguine. Assim, os dois apertam a mão um do outro e voltam para a casa.
