terça-feira, 31 de julho de 2018

Missões - Episódio 94: Risco

- Você parece estar alguns dias sem comer! - diz um guarda. - Eu não estou um ou dois, eu estou cinco dias com a barriga vazia bebendo pouca quantidade de água! - diz Gabriel dentro de sua cela. - Você vai ter que aguentar mais alguns dias, não temos como produzir comida por enquanto! - diz o guarda. - Como assim não tem como? Deve ter pelo menos uma árvore com frutas aqui perto! Eu fico vinte e quatro horas por dia preso sem fazer nada, nem a coisa mais simples que é nos dar comida vocês não dão! Eu te peço, por favor mesmo, que me dê alguma coisa, nem que seja algo estragado, eu apenas quero me alimentar! - pede Gabriel. - Cavaleiro da Morte sempre diz que prisioneiros nunca devem ser alimentados de boa forma! Isso é regra desde sempre! - afirma o guarda. - Então faça o seguinte, esquece essa regra horrorosa e ridícula e mande esse imbecil controlar a vida dele! - diz Gabriel com raiva. - Você não deve desrespeitar o rei dessa galáxia, você não sabe o que está fazendo, garoto! - diz o guarda. - Eu sei sim o que eu estou fazendo pra sua informação e você é um babaca igual a todos do exército dele que o defendem! Vocês, Soldados da Morte, não passam de miseráveis e covardes igual ao líder de vocês que é um psicopata! - diz Gabriel. - Eu não gostei das palavras que saíram da sua boca, isso ofende diretamente a mim e ao meu líder! Não importa a sua idade, você vai pagar o preço de cada palavra que você disse! irá aprender a não ser um rebelde! - diz o guarda. Assim, o guarda abre a porta da cela de Gabriel. Gabriel sai da cela e dá um forte soco do rosto do guarda. Na hora em que Gabriel tenta correr pra fugir, o guarda dá um chute nas costas de Gabriel, fazendo ele cair. Se agachando, o guarda leva um chute de Gabriel no rosto e logo após isso ele aponta a sua arma pra ele. - O seu sofrimento vai piorar por culpa da sua ousadia! - diz o guarda. - A minha ousadia é bonita, já a sua é tolice! - diz Gabriel. Rendido, Gabriel é preso pelo guarda por uma corrente e é levado até uma sala vazia. O guarda prende Gabriel em uma cadeira, junto com a corrente. Ele fecha a porta da sala. - O que você acha que eu devo fazer com você? - pergunta o guarda. - Já está de bom tamanho se me der um simples tapa na cara! - diz Gabriel. O guarda dá um tapa forte no rosto dele. - E aí? Está bastante satisfeito? Ou eu preciso fazer mais alguma coisa com você pra parar de abuso? - pergunta o guarda. - Por que me levou até aqui? Pra me dar um simples tapa? Só de ficar nessa cadeira já é uma tortura! - diz Gabriel. - Está tudo muito bem, garoto! Eu não vou fazer nada com você! De machucá-lo um tapa na cara já é o suficiente! - diz o guarda. - Então você não precisa me deixar aqui! - afirma Gabriel. - As coisas não são bem assim, saiba que o seu castigo não é esse! - diz o guarda. - Então... O que pretende fazer? - pergunta Gabriel. Esse guarda sai da sala, fecha a porta e deixa Gabriel sozinho, ainda preso por uma corrente em uma cadeira. - Ei! Volte aqui! Me diz qual vai ser o real castigo! - grita Gabriel. Quinze minutos depois, o mesmo guarda entra na sala com Patrick em uma cadeira de rodas preso também em uma corrente nela. - Por que você pegou ele? O que vai fazer com ele? - pergunta Gabriel. Fui perguntar onde ficam algumas pessoas do seu grupo, decidi pegar esse que é o segundo mais novo, tirando você é claro! - diz o guarda. - Ele não tem nada a ver com o que eu fiz, fui eu que fiz aquilo e não ele! Se tem alguém que você deve machucar sou eu! - diz Gabriel. - As consequências dos atos de uma pessoa também fere as outras de vez em quando! Com ele se ferindo, automaticamente você também vai se ferir, só que emocionalmente! Ou seja, ou vou ferir os dois! - afirma o guarda. - Você vai tirar a vida dele? Me fale o que vai fazer com ele, vai, agora! - pede Gabriel.


 - Não vai ser nada demais, apenas um forte choque que vai atravessar o corpo inteiro dele ha ha! - afirma e ri o guarda. - Não, não! Pare com o que você está fazendo! Eu te imploro, deixe ele em paz! - clama Gabriel. - Então você quer receber o choque no lugar dele? É isso mesmo que eu estou entendendo, garoto? Você quer morrer no lugar dele? Acho que sim! - diz o guarda. Gabriel fica calado, olhando no fundo dos olhos deles com fúria e tristeza. - Está tudo bem! Não é você, Gabriel! Sou eu! - diz Patrick. - Não! Pare com isso, desista! Não! - diz Gabriel lacrimejando, com um grande arrependimento e tristeza. O guarda coloca uma pequena máquina de choque e coloca encima da cabeça de Patrick. - Agora sim! - diz o guarda. A máquina de choque começa a funcionar e Patrick começa a ter uma grande e enorme dor em todo o seu corpo. Gabriel, não querendo ver o seu primo morrer, fecha os olhos e chora, ouvindo os altos gritos de Patrick. Gabriel acaba tendo um enorme peso no peito. Os gritos de Patrick acabam e Gabriel abre os olhos. - Ele terminou de ser eletrocutado, não está mais vivo! - diz o guarda. Gabriel fica surpreso e fica de luto por ele. - Vou deixar você preso aqui sozinho, olhando pra seu amigo morto! Talvez você não sabia que as coisas aqui dentro são rígidas! Essa foi uma boa forma de você aprender a entrar na linha! - diz o guarda. Ele sai da sala e tranca a porta. Dois minutos depois, Gabriel vê as mãos de Patrick se mexendo. - Patrick? - diz Gabriel com dúvida. Patrick abre os olhos. - Você está vivo! - fica surpreso Gabriel. - Eu me fingi estar morto, era o único jeito de eu sobreviver! - diz Patrick. - Meu Deus, você fingiu muito bem! Tomei um susto muito grande! - afirma Gabriel. - Eu sobrevivi, mas eu ainda estou com muita dor, eu cheguei perto de morrer! - diz Patrick. - Você teve sorte! Acho que eu não sobreviveria! - diz Gabriel. - Eu queria desmaiar nesse momento, eu não aguento mais essa dor! - reclama Patrick. - Desculpe por isso, a culpa foi minha! Eu fui um completo idiota em não medir as minhas palavras quando eu estava com raiva! - diz Gabriel. - Talvez isso tinha que acontecer! - diz Patrick. - Por que você acha isso? - pergunta Gabriel. - Eu não vou te responder agora, eu vou ver se consigo fazer com que a minha afirmação seja certa! - diz Patrick. - O que você pensa em fazer? - pergunta Gabriel. Patrick, com a máquina de choque na cabeça, tenta fazer com que ela caia em suas mãos, que estão presas. Assim, abaixando a cabeça para frente, ele consegue. - Ah, claro! Já entendi o que você quer fazer! - afirma Gabriel. Após isso, Patrick segura a pequena máquina de choque com as mãos e tenta fazer com que ela tenha contato com a corrente. - Você tem que ligá-la, senão não vai conseguir se soltar! - diz Gabriel. - Primeiro eu vejo se consigo fazer com que a máquina fique encostado na corrente, depois eu tento ligar ela! - diz Patrick. Ele consegue fazer com que a máquina se encoste na corrente e tenta virar um pouco a máquina pra conseguir apertar o botão de ligar. Ele vira a máquina, consegue apertar o botão de ligar e o choque atinge a corrente. - Genial! Mas acho muito arriscado nós tentarmos fugir, acho que não vai dar certo! - diz Gabriel. - Mas temos que nos arriscar, ficar nesse lugar pra sempre é um pesadelo! É melhor morrer tentando do que morrer aqui! - diz Patrick. - Mas na hora que formos capturados, vamos implorar pela nossa vida! - diz Gabriel. - Nós não merecemos o que estamos passando, por isso temos que lutar pelo o que a gente merece! - diz Patrick.


 Com o forte choque atingindo a corrente, uma parte dela de desfaz. - Ótimo, estou quase conseguindo! - diz Patrick. - Vá rápido, a qualquer momento alguém pode entrar nessa sala! - diz Gabriel. Patrick consegue tirar uma parte da corrente de si e espera outras partes dela se desfazerem. - Você resistiu uma coisa que a corrente não está resistindo? - pergunta Gabriel. - Eu aumentei o nível do choque apertando alguns botões, o nível que me atingiu é bem mais baixo! - diz Patrick. Assim, muitas outras partes da corrente também se desfazem, fazendo Patrick conseguir se soltar dela e sair da cadeira de rodas. - Agora vem e me solte, rápido! - pede Gabriel desesperado. Patrick encosta a máquina na corrente em que Gabriel está preso e após dois minutos, a maioria das partes da corrente se desfazem e Gabriel se solta. - Não vamos falar mais nada, vamos prestar atenção pra que não sejamos pegos! O que nós vamos fazer é de um risco muito grande de falharmos, vamos agir com perfeição na fuga! - alerta Patrick. - Temos que tentar soltar os outros também! - afirma Gabriel. - Sim, nós vamos fazer isso, agora vamos logo! - diz Patrick. Gabriel tenta abrir a porta, mas está trancada. Patrick usa a máquina de choque pra furar boa parte da porta. Furando a porta, os dois caminham no corredor com atenção. - Vamos usar isso como arma! - diz Patrick no ouvido dele. - Ótimo! - diz Gabriel. Um guarda atravessa uma porta para entrar no corredor onde os dois estão e encontra-os, apontando a sua arma pra eles. - Quem vocês pensam que são pra estarem fora de onde vocês deveriam estar? - pergunta o guarda. Chegando perto dos dois, Patrick não perde tempo e encosta a máquina ligada na boca dele e o choque atinge as gengivas, o dente e a garganta do guarda. Ele acaba desmaiando na hora, sendo vítima da rapidez de Patrick. Gabriel pega duas armas do bolso dele e algumas chaves, coloca as chaves no bolso e segura as munições. Os dois continuam andando no corredor onde apenas possui salas vazias e ao atravessarem uma porta que dá entrada para um outro corredor, eles chegam em um onde apenas possui prisioneiros. Nesse corredor, os dois acham Róguine preso em uma cela. - Como vocês conseguiram vir pra cá? - pergunta Róguine surpreso. - Não temos tempo pra conversar, a nossa fuga tem que ser rápida e ágil! - diz Patrick. Gabriel pega as chaves do bolso e destranca a cela de Róguine. Com ele saindo da cela, Patrick e Gabriel logo caminham para outro corredor. - Ei, esperem! - pede Róguine. Gabriel e Patrick chegam perto dele. - Soltem outros prisioneiros também, caso muitos nos acharem nós vamos ter defesa! - afirma Róguine. - Boa ideia! Gabriel, solte todos desse corredor, mas faça isso em menos de dois minutos! - pede Patrick. Com rapidez, Gabriel destranca todas as celas e manda todos saírem delas. Com todos saindo, Patrick, Gabriel, Róguine e os prisioneiros atravessam uma porta para outro corredor. Nesse corredor, Gabriel mais uma vez solta todos os prisioneiros dele em apenas dois minutos, também soltando o seu pai Cristiano. Mais uma vez, todos atravessam para outro corredor, Gabriel solta todos os prisioneiros dele e encontra a sua mãe Claudia nele. No outro corredor, que é o último da prisão, todos vêem que está vazio. Mas caminhando por ele, achando que existe uma outra entrada pra outro corredor, encontram Rogério e Scott em celas juntas. - Como assim? - pergunta Scott surpreso. Gabriel solta os dois das celas e eles trocam abraços. - Eu nem sei o que dizer, como vocês conseguiram chegar até aqui? - pergunta Rogério. - Não podemos perder tempo conversando, temos que tentar soltar os outros! - afirma Róguine. - Sim, está faltando Leonardo, Lucimar e Maria Clara! - diz Scott.


 - Eu não sei se é uma boa ideia nós tentarmos soltar eles! Cada vez que atravessarmos os corredores, mais são as chances da nossa chance de fugir diminuir muito! - diz Patrick. - Mas o único jeito de fugirmos está em irmos até a entrada da prisão! Temos que lutar contra os guardas pra que possamos fugir, aqui não tem janela! - diz Rogério. - Nós apenas temos duas armas, é simplesmente muito difícil lutar contra eles com duas armas apenas! Eles têm muito mais que isso! - afirma Cristiano. - Cavaleiro da Morte fez nós ficarmos fracos com nossos poderes o que dificulta muito a nossa vitória da fuga! Temos poucas chances contra eles e ainda temos a filha pequena de Cristiano que estaria em total falta de segurança no meio de uma luta! Não sei como vamos conseguir ter sucesso! - diz Rogério. - Ou seja, não tem como nós fugirmos? - pergunta Scott. - Infelizmente não! - afirma Rogério. - Tem como nós fugirmos sim! Eu tenho uma ideia! - diz Róguine. - O que você tem em mente? - pergunta Patrick. - Nós vamos usar as únicas armas que nós temos pra atirarmos na parede desse corredor pra destruí-la! Não só vamos usar essas armas, vamos também usar os poderes! Todos aqui que possuem poderes vão usá-los pra essa parede se destruir pra vermos se a gente consegue ter uma saída! - diz Róguine. - Mas e Leonardo, Lucimar e Maria Clara? Vamos deixar eles presos aqui? - pergunta Scott. - Se conseguirmos fugir desse lugar, depois nós nos preparamos pra atacar aqui mais uma vez pra levarmos eles! É mais difícil nós fazermos isso agora quando a qualquer momento pode aparacer um guarda! - diz Róguine. - Então vamos fazer isso agora e acreditar na nossa liberdade! Não podemos mais perder tempo, como Róguine disse, a qualquer momento pode aparecer um guarda! Todos que possuem pelo menos um pouco de seus poderes, comecem a jogá-los contra a parede agora! - diz Rogério. Assim, todos os prisioneiros com poderes, mesmo sendo na maioria não muito fortes neles, jogam rapidamente seus poderes contra a parede. Gabriel e Patrick começam a atirar na parede sem parar. Róguine faz contato com o Controle e pede a ele que reforce muito os seus poderes para que a parede seja demolida. O Controle atende ao pedido de Róguine e assim, ele joga o poder do furacão com muita força na parede. Com isso, algumas partes da parede são destruídas. - Estamos indo bem, continuem assim! - diz Rogério. Alguns guardas ouvem os barulhos de poderes e tiros dados na parte debaixo da prisão. - Vamos ver o que está acontecendo, parece ser muito sério! - diz um guarda para alguns outros. - Gabriel, dê pro Scott a arma pra ele atirar no lugar de você e tranque a porta do corredor, rápido! - pede Patrick. Gabriel dá a arma pra Scott e pegando as chaves, tranca a porta com rapidez. - Continuem jogando os poderes com muita mais força! Deem o limite da força de todos vocês! - alerta Róguine. Todos os guardas Soldados da Morte começam a vasculhar a prisão pra saberem o que está acontecendo. Após minutos de tentativa de quebrar a parede, depois de muito esforço, uma grande parte da parede se quebra, fazendo com que todos consigam ter contato com o ar livre. Olhando para baixo na parte de fora, todos vêem que tem um telhado a poucos metros abaixo de onde estão. - Vamos pular agora, não temos tempo! - diz Rogério. Scott, Rogério, Róguine, Gabriel, Patrick, Cristiano, Claudia e todos os outros prisioneiros se jogam do corredor para o enorme telhado. Com todos chegando ao telhado, todos tentam pensar em um jeito de descerem dele, já que não há outros telhados abaixo do que eles estão. - Agora nós vamos entrar nessa árvore que está perto de nós, descer dela e sair de vez de perto dessa prisão! Vamos! - diz Rogério. Sem barulhos, todos sobem na grande árvore que fica perto deles e começam a descer dela discretamente e completamente escondidos pra que não sejam vistos. Todos os guardas Soldados da Morte estranham o fim dos barulhos e continuam vasculhando rapidamente toda a prisão. Poucos minutos depois, Rogério e todos os outros terminam de descer da árvore e correm para a floresta que fica logo em frente a prisão. Entrando na floresta, todos continuam correndo na mais rapidez possível. Depois de vários minutos correndo, eles acham uma pequena caverna e entram nela. Chegando no fim da caverna, um prisioneiro faz uma fogueira e todos comemoram pela fuga. - Eu nem pensei que poderíamos fazer isso, é a primeira conquista que tivemos depois das coisas ruins que aconteceram! - diz Scott. - Mas elas não vão se apagar, nada que aconteça vai mudar o que ocorreu! - diz Rogério. - Você tem toda a razão! Mas agora demos um passo a frente! - diz Róguine. - Vamos tentar fazer de tudo pra que possamos dar muito mais! - diz Rogério. Os Soldados da Morte entram no último corredor da prisão e veem a parede destruída.





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